Representar uma categoria, por meio do trabalho sindical patronal, é um desafio e tanto. São muitas frentes que exigem esforço e dedicação: articulação de parcerias que beneficiem as empresas associadas; organização de eventos técnicos e motivacionais; representação junto aos órgãos governamentais; relacionamento e articulação parlamentar; canais de comunicação com os públicos interno e externo; diálogo e conciliações com a representação laboral; entre outros
Tudo isso para tornar mais robusta a representatividade da categoria que representamos. Nós, do setor atacadista do Distrito Federal, comemoramos em agosto 20 anos de sindicato. Um marco histórico para um setor que já sofreu tantas mudanças de lá pra cá.
Entre os desafios diários, que muitas vezes nos confrontam concomitantemente com as nossas demandas empresariais, conquistamos, recentemente, uma vitória coletiva muito importante para o nosso setor - fruto, em grande parte, do nosso trabalho nos bastidores do Congresso Nacional.
A boa notícia é que o governo sancionou, sem vetos, a Lei Complementar (186/21), que prorroga por mais dez anos os incentivos fiscais concedidos pelos estados para empresas comerciais, como as do setor atacadista, estendendo o prazo de vigência do que ficou conhecido como guerra fiscal. O fim desses incentivos passou de 2022 para 2032.
Para quem não sabe, a guerra fiscal é como foi chamada a política de descontos no ICMS adotada por estados como forma de atrair empresas para seus territórios. Uma lei complementar aprovada em 2017 (Lei Complementar 160/17) previu o fim das reduções de ICMS e estabeleceu prazos de validade diferentes, dependendo do setor. As indústrias, por exemplo, ganharam prazo de 15 anos. Já para o setor de comércio, o prazo tinha sido de apenas cinco anos.
Após a aprovação da prorrogação na Câmara, o autor do projeto, deputado Efraim Filho (DEM-PB), disse que a lei não estava criando qualquer incentivo fiscal novo, apenas equiparando o setor de comércio aos demais.
Na verdade, este é um projeto que corrige distorções. Ele equipara as condições que a indústria e o agro já possuem para o comércio e serviço – segmentos que mais empregam no Brasil; e um dos que mais paga impostos e tributos.
Em resumo, os desafios são diários até porque o mundo muda o tempo todo. Pensar estrategicamente para uma empresa já é muito difícil. Imagina, de forma coletiva? Mas este é o nosso papel! Seguiremos trabalhando para que o setor produtivo encontre soluções para seguir de pé, empregando, gerando renda, investindo cada vez mais em logística e apoiando a distribuição de produtos em todo país.
*Lysipo Gomide é presidente do Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista/DF).
Sobre o Sindiatacadista/DF – O Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal (Sindiatacadista/DF) representa todo o comércio atacadista de Brasília, entre os quais estão: gêneros alimentícios, autosserviço, autopeças, material de construção, drogas e medicamentos. Ao todo, são, aproximadamente, 400 empresas representadas pela entidade sindical sem fins lucrativos. E, atualmente, sua base é composta de 187 empresas associadas.
Além de coordenar, proteger, apoiar, integrar e representar legalmente o segmento de atacado e distribuição em todo o Distrito Federal exerce um papel relevante no crescimento da representatividade de seus associados e parceiros. É filiado à Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD) e à Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal.
A entidade é o elo entre o setor atacadista, governo, varejistas e a sociedade em geral, além de defender os interesses e anseios de seus associados, agregar forças na criação de melhorias e promover a integração da classe atacadista.
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