Historicamente as mulheres são conhecidas como o sexo frágil, mas ao longo dos anos esse estereótipo foi mudando e hoje temos muitas mulheres ocupando espaços, que antes eram de exclusividade masculina.
Ser mulher é enfrentar um desafio diferente a cada dia, é superar barreiras, muitas vezes invisíveis. Apesar das mulheres serem a maioria na população brasileira, cerca de 52%, conforme estudo do IBGE, setores como política, agricultura, forças armadas, empreendedorismo e vários outros, ainda são de maioria masculina, mas as mulheres estão conquistando espaço.
A projeção feita pelo Fórum Econômico Mundial no fim de 2018 aponta que ainda serão necessários mais de dois séculos para haver igualdade entre os gêneros no trabalho. Já em outras áreas, como acesso à educação, saúde e representação política, as disparidades entre homens e mulheres precisarão de 108 anos para chegarem ao fim.
A projeção feita em 2018 leva em consideração a realidade mundial, mas será que reflete a realidade no Brasil? Em nosso país as mulheres já são maioria nas Universidades, o relatório Education at Glance 2019, aponta que as mulheres brasileiras têm 34% mais probabilidade de se formar no ensino superior do que seus pares do sexo masculino.
No que diz respeito à saúde, no Brasil temos um mês dedicado à saúde da mulher, várias campanhas e atendimento gratuito de saúde, o que, em muitos países não existe. Portanto, mais uma vez estamos à frente.
Quanto à representação política estamos caminhando e avançando aos poucos, apesar de ainda haver uma representatividade baixa, cerca de 15% dos cargos, ocupando o 134º lugar no ranking mundial, no que diz respeito à participação da mulher na política. O cenário está mudando aos poucos. A deputada federal Aline Sleutjes é uma das mulheres do Congresso Nacional e se destaca por ser a Presidente da Comissão de Agricultura, primeira mulher a ocupar o cargo, e também, vice líder de governo no Congresso nacional.
"Aos poucos fui conquistando espaço, confesso que não foi fácil, mas quando sonhamos e acreditamos é só ir à luta que chegaremos ao objetivo, pelo menos comigo sempre foi assim, não só na política como na vida" destacou Aline Sleutjes.
Em um governo que muitas vezes é taxado de machista, as mulheres têm grande espaço, vez e voz. O presidente Bolsonaro escolheu três mulheres para ocuparem os mais importantes ministérios governamentais. O partido onde o presidente se elegeu foi a legenda que mais fez cadeiras femininas na Câmara, 9 eleitas.
No legislativo a história se repete, nas Comissões permanentes da Câmara Federal, as mulheres ocupam 7 das 25 presidências, um crescimento fantástico.
Na agricultura o número de mulheres vem crescendo desde a operação do maquinário até à gestão do negócio. Elas comandam cerca de 20% dos estabelecimentos rurais. Cada vez mais capacitadas, sabem que agricultura com alta performance não se faz sem inovação e tecnologia.
Na rotina do setor agrícola, as mulheres são cada vez mais numerosas e desempenham inúmeras funções essenciais para a atividade. Desde que assumiu a presidente Comissão de Agricultura Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, a deputada federal Aline Sleutjes tem mostrado ao Brasil e ao mundo a capacidade de liderança das mulheres, com a abertura de novos mercados, discussão de assuntos importantes, ações e iniciativas para o agro.
"Esse é um setor ainda de maioria masculina, mas que com o tempo, necessidade, aperfeiçoamento, com o uso das tecnologias e pesquisas para aumento de produção, as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço" afirmou Sleutjes.
Nas forças armadas, as conquistas também são gigantes, recentemente a Tenente Vitória Cavalcanti, da Força Aérea Brasileira, com apenas 23 anos se tornou-se a primeira mulher do país a pilotar um helicóptero MI-35 AH-2 e entrou para a história da aviação brasileira ao se tornar a primeira mulher do país a alçar voo no comando de um helicóptero de ataque. Outro exemplo é a Tenente Liana Magalhães da Marinha do Brasil, que é comandante de pelotão no 1º Batalhão de Infantaria do Corpo de Fuzileiros Navais, ela tem cerca de 40 homens sob seu comando, mostrando, mais uma vez, a força da mulher brasileira. Temos ainda, nesse ano a formatura do primeiro grupo de mulheres na Academia Militar das Agulhas Negras – AMAN, ficando evidente que as forças armadas brasileiras estão abrindo espaço para o sexo feminino.
No Brasil ainda temos desigualdades e barreiras para mulheres, mas não podemos negar que estamos à frente de muitos países, com representatividade das mulheres em todas as esferas e principalmente na política, podemos avançar ainda mais.
A parlamentar Aline Sleutjes afirma que chegar onde chegou não foi uma tarefa fácil "não tive apoio de prefeitos e vereadores, não tinha recursos, não tinha dinheiro nem para confecção de material de campanha, nos últimos dias escrevia meu número em folha de papel sulfite e entregava para as pessoas. Rodei 13 mil km pelo Paraná sozinha, trabalhei 18h por dia, dormi em posto de gasolina para economizar, pois optava por não pagar hotel, para poder pagar a gasolina, enfim, foi muito dura a campanha eleitoral para eleição de deputada federal, mas com a graça de Deus e o apoio da família e amigos, eu consegui, fruto de muito esforço, fé e determinação. Se consegui, muitas outras mulheres também conseguem!".
A parlamentar está cotada como possível nome a concorrer ao senado federal, atualmente temos 81 cadeiras sendo 12 ocupadas por mulheres, número muito baixo, mas essa realidade deve mudar futuramente.
"Não importa qual a função ou missão, as mulheres podem e devem lutar para conquistarem cada vez mais espaços. Não por favor ou cota, mas por reconhecimento e mérito, pois lugar de mulher é onde ela quiser." Finalizou a presidente da Comissão da Agricultura, deputada Aline Sleutjes.
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