Quando a Selic está em alta, o poder de compra da população diminui e, portanto, há menos procura por produtos e serviços à venda
por Marcela Cunha
Taxa básica de juros da economia, a Selic, se encontra em alta mais uma vez. A taxa é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
Como a taxa Selic é o parâmetro para todas as demais taxas de juros do país, quando ela sobe faz com que automaticamente as demais taxas cobradas em empréstimos também subam. Isso acontece porque os bancos vão ter de pagar mais para pegar dinheiro emprestado e, por consequência, também vão cobrar mais de quem pedir empréstimo.
José Ricardo, microempreendedor, afirma que está tentando conter gastos e não expandir o seu negócio para tentar fugir um pouco da alta da taxa. "Iamos aumentar o nosso negócio, mas com essas altas que estão tendo esse ano, resolvi não pegar o empréstimo que ia pedir", relata.
Os consumidores e as empresas gastam mais para contratarem linhas de crédito, conforme as simulações detalhadas pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). O cliente que entrar no cheque especial em R$1 mil por 20 dias pagará R$0,80 a mais por dia.
A taxa Selic refere-se à taxa de juros apurada nas operações de empréstimos de um dia entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia. O BC opera no mercado de títulos públicos para que a taxa Selic efetiva esteja em linha com a meta da Selic definida na reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom).
O analista Matheus Oliveira afirma que as parcelas dos empréstimos obtidos no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) também ficarão mais caras. Mesmo com o aumento da Selic, Matheus ressalta que o Pronampe continua sendo uma das melhores opções para os donos de pequenos negócios. "Haverá um impacto no valor das parcelas das operações; mas, mesmo com a alta da Selic e com o programa sendo atrelado a essa taxa mais 6% ao ano, os juros ainda são menores do que os cobrados em média no mercado financeiro, ou seja, continua sendo uma das melhores opções de crédito", afirma.
O que acontece quando a Selic sobe?
No crédito:
Quando a taxa Selic sobe, a tendência é que os juros cobrados pelos bancos para emprestar dinheiro a consumidores e empresas também aumentem, o que faz com que diminua a oferta de crédito.
No consumo:
Como o custo do dinheiro fica mais caro, a tendência é que as pessoas gastem menos em compras e serviços.
Na inflação:
Se o consumo diminuir, isso pode ajudar a conter a inflação, já que as pessoas estão gastando menos.
Nas aplicações:
O rendimento das aplicações de renda fixa, como poupança, Tesouro Selic, LCI, CDB e fundos de renda fixa, também aumenta. Ou seja, o investidor ganha mais dinheiro para cada real que colocar nessas aplicações.
por Marcela Cunha
Taxa básica de juros da economia, a Selic, se encontra em alta mais uma vez. A taxa é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
Como a taxa Selic é o parâmetro para todas as demais taxas de juros do país, quando ela sobe faz com que automaticamente as demais taxas cobradas em empréstimos também subam. Isso acontece porque os bancos vão ter de pagar mais para pegar dinheiro emprestado e, por consequência, também vão cobrar mais de quem pedir empréstimo.
José Ricardo, microempreendedor, afirma que está tentando conter gastos e não expandir o seu negócio para tentar fugir um pouco da alta da taxa. "Iamos aumentar o nosso negócio, mas com essas altas que estão tendo esse ano, resolvi não pegar o empréstimo que ia pedir", relata.
Os consumidores e as empresas gastam mais para contratarem linhas de crédito, conforme as simulações detalhadas pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). O cliente que entrar no cheque especial em R$1 mil por 20 dias pagará R$0,80 a mais por dia.
A taxa Selic refere-se à taxa de juros apurada nas operações de empréstimos de um dia entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia. O BC opera no mercado de títulos públicos para que a taxa Selic efetiva esteja em linha com a meta da Selic definida na reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom).
O analista Matheus Oliveira afirma que as parcelas dos empréstimos obtidos no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) também ficarão mais caras. Mesmo com o aumento da Selic, Matheus ressalta que o Pronampe continua sendo uma das melhores opções para os donos de pequenos negócios. "Haverá um impacto no valor das parcelas das operações; mas, mesmo com a alta da Selic e com o programa sendo atrelado a essa taxa mais 6% ao ano, os juros ainda são menores do que os cobrados em média no mercado financeiro, ou seja, continua sendo uma das melhores opções de crédito", afirma.
O que acontece quando a Selic sobe?
No crédito:
Quando a taxa Selic sobe, a tendência é que os juros cobrados pelos bancos para emprestar dinheiro a consumidores e empresas também aumentem, o que faz com que diminua a oferta de crédito.
No consumo:
Como o custo do dinheiro fica mais caro, a tendência é que as pessoas gastem menos em compras e serviços.
Na inflação:
Se o consumo diminuir, isso pode ajudar a conter a inflação, já que as pessoas estão gastando menos.
Nas aplicações:
O rendimento das aplicações de renda fixa, como poupança, Tesouro Selic, LCI, CDB e fundos de renda fixa, também aumenta. Ou seja, o investidor ganha mais dinheiro para cada real que colocar nessas aplicações.
0 Comentários