A educação se relaciona com conhecimentos técnicos, valores morais, científico, cultural e princípios de convívio social. Neste sentido, o Dia Nacional de Luta pela Educação Inclusiva, celebrado em 14 abril, é um alerta para conscientizar a sociedade acerca da importância de promover a inclusão no ambiente estudantil. Por mais que exista a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº 13.146/2015), a legislação não é cumprida à risca, como aponta Cíntia Santos coordenadora de projetos e psicóloga do Instituto Ester Assumpção, entidade que atua em prol da inclusão desde 1987.

O Instituto Ester Assumpção está trabalhando, desde agosto do ano passado, no projeto Paideia - Programa de Assessoria e Intervenção voltado para o Desenvolvimento Educacional Inclusão e Acessibilidade, que foi selecionado pelo Criança Esperança. A iniciativa está implementando práticas pedagógicas que respeitem as diferenças individuais dos alunos com deficiência em 10 escolas públicas de Betim, numa parceria entre a ONG e a prefeitura da cidade

Para Cíntia Santos, falar sobre o Dia Nacional de Luta pela Educação Inclusiva é importante, mas é previso avançar. "A lei nº 13.146/2015 assegura a inclusão social da pessoa com deficiência em diferentes âmbitos da sociedade, garantindo os direitos de conviver com condições de igualdade. Porém, sabemos que ter uma legislação específica e somente falar sobre a data não é o suficiente. É preciso promover de fato ações inclusivas", comenta.

Segundo a psicóloga, a comunidade escolar precisa se engajar em prol da inclusão. "Promover um ambiente inclusivo na escola é perfeitamente possível, mas é preciso que os professores sejam capacitados e os pais preparados para lidar com as especificidades de cada indivíduo. Desta forma, é possível criar as adaptações necessárias para que os alunos possam aprender e ter a sensação de pertencimento, já que o convívio social é essencial. E para isso, é necessário o empenho de todos", completa

O Paideia, que é viabilizado com recursos da campanha realizada pela Rede Globo, em parceria com a UNESCO, tem como intuito oferecer capacitação em educação inclusiva aos profissionais das escolas, principalmente professores e gestores, além da capacitação na metodologia 'implantação da escola de pais'. "Nosso projeto tem como objetivo assessorar escolas públicas de Betim na implantação de práticas pedagógicas que respeitem as diferenças individuais dos alunos com deficiência. Esse processo não se limita à sala de aula, pois se expande para toda a comunidade escolar", finaliza Cíntia Santos.

Instituto Ester Assumpção

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