Há uma
série de indicadores econômicos positivos, mas crescimento sustentado depende
das reformas estruturais, diz José Roberto Colnaghi
Foto: Divulgação - José Roberto Colnaghi
A evolução da economia
nacional no último trimestre trouxe um certo alívio. Mesmo sendo tímidos ainda,
os números são positivos em áreas como a produção industrial, geração de
emprego, inflação e no setor de serviços, que representa 70% do PIB e é grande
gerador de postos de trabalho. Com isso, o PIB do período aumentou 1,2%, acima
da expectativa do mercado. “Os números são um alento, mostram uma economia mais
dinâmica”, diz José Roberto Colnaghi, presidente do Conselho da Asperbras.
A indústria veio forte no
segundo trimestre, subiu 2,2%, sobre o primeiro, com crescimento em todos
subsetores e está 0,9% acima do nível pré-pandemia – a economia como um todo
está 3% acima. Com isso, a projeção de bancos e corretoras para o PIB deste ano
vem subindo há quase três meses e atingiu 2,39%, de acordo com o relatório
Focus publicado pelo Banco Central. Para 2023 está em 0,5%.
No Focus, a expectativa de
inflação também vem melhorando, tem caído semanalmente e agora está em 6,40%,
muito por conta da recente redução dos preços dos combustíveis e da energia.
Como resultado, houve dois meses de deflação. A taxa de desemprego no trimestre
encerrado em julho recuou para 9,1%.
Boa parte desses dados
positivos é explicada pelas medidas de transferência de renda do governo
federal. Foram várias iniciativas desde o começo do ano, como pagamento de
abono salarial, antecipação do 13º para aposentados, saque do FGTS e, por fim,
a PEC emergencial, que elevou o Auxílio Brasil para R$ 600. Este conjunto de
ações representou uma injeção de R$ 148,2 bilhões na economia.
Na opinião de José Roberto Colnaghi, para dar fôlego ao crescimento é fundamental retomar a agenda de reformas, como a tributária, que ficou paralisada neste ano eleitoral, e a administrativa, com o objetivo de desinchar a máquina estatal. “Desta forma, será possível garantir o crescimento sustentado e trazer mais investimentos ao país”, finaliza José Roberto Colnaghi.
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