Especialista do Hospital Anchieta cita novos dispositivos para remoção de trombos e criação de equipes multidisciplinares - PERT 


Créditos: Freepik


 

A trombose venosa profunda também conhecida apenas por trombose é formada por coágulos (trombos) que, em geral, surgem nos vasos sanguíneos das pernas e, em determinados casos, se movem para os pulmões, provocando embolia pulmonar. Potencialmente perigosa, esta é uma das enfermidades que fazem parte do grupo de doenças cardiovasculares que mais matam é a terceira causa de morte cardiovascular do mundo. 

Porém, mesmo no caso dos pacientes que desenvolvem a trombose venosa profunda restrita aos membros inferiores, sem embolia pulmonar, quando o fluxo sanguíneo não é devidamente restaurado, os doentes podem apresentar importantes sequelas, como dor, edema, varizes e feridas nas pernas”, explica o cirurgião Carlos Schüler, coordenador da equipe de cirurgia vascular do Anchieta, pertencente à Kora Saúde. 

Uma boa notícia para os pacientes com trombose é que há novos tratamentos.  “Dispositivos inovadores, que permitem uma remoção mais adequado dos trombos, nos casos devidamente selecionados, vêm trazendo grande entusiasmo à medicina e, em especial, à cirurgia vascular”, afirma o dr. Schüler. 

 

Trombectomia 

Uma cirurgia considerada inovadora para casos de tromboses venosas e embolias pulmonares, de acordo com o cirurgião vascular, utiliza um novo dispositivo de trombectomia, idealizado para o território venoso.  

Esse dispositivo foi lançado há pouco tempo no Brasil, e nós realizamos, em julho, no hospital Anchieta, a primeira cirurgia desse tipo no Centro-Oeste do país, informa o cirurgião. 

Dr. Carlos Schüler explica que a trombectomia é a remoção mecânica de trombos, com a finalidade de desobstruir e restaurar o fluxo sanguíneo. “Esse procedimento já era feito, há muito tempo, nas doenças arteriais, como nas oclusões arteriais agudas de membros inferiores. Porém, nas tromboses venosas e nas embolias pulmonares, o tratamento estava mais restrito aos medicamentos, sendo que, em alguns casos, os resultados ficavam aquém do esperado”, afirma o médico.  

Agora, acrescenta o médico, os novos dispositivos vasculares têm sido utilizados para todos os tipos de trombose. 

 

Equipe multidisciplinar 

Além de novos tratamentos, o dr. Carlos Schüler informa que a embolia pulmonar está sendo enfrentada por grupos de especialistas chamados de Time de Resposta à Embolia Pulmonar (PERT, na sigla em inglês).  

No hospital Anchieta, o PERT já foi constituído, e conta com a participação de emergencistas, intensivistas, cardiologistas e cirurgiões vasculares. 

“Essa iniciativa representa um esforço para envolver, de forma imediata e simultânea, vários especialistas para determinar o melhor curso de ação e coordenar os cuidados clínicos para pacientes com a forma aguda da doença. Apesar de representar uma doença grave, os avanços terapêuticos e os trabalhos de integração entre múltiplas equipes, tem demonstrado resultados expressivos, com índices cada vez maiores de desfechos favoráveis”, destaca o dr. Schüler.  

 

 

Sobre a Kora Saúde  

Um dos maiores grupos hospitalares do país, a Kora Saúde possui 17 hospitais espalhados pelo Brasil e está presente no Espírito Santo (Rede Meridional nas regiões de Cariacica, Vitória, Serra, Praia da Costa, em Vila Velha, e São Mateus); Ceará (Rede OTO, todos em Fortaleza); Tocantins (Medical Palmas e Santa Thereza na cidade de Palmas); Mato Grosso (Hospital São Mateus em Cuiabá); Goiás (Instituto de Neurologia de Goiânia e Hospital Encore); e Distrito Federal (Hospital Anchieta e Hospital São Francisco). O grupo possui mais de 2 mil leitos no país e 11 mil colaboradores. A Kora Saúde oferece um sistema de gestão inovador, parque tecnológico de ponta e alta qualidade hospitalar, com o compromisso de praticar medicina de excelência em todas as localidades onde está presente.