O clima se intensificou na CPI dos Atos Antidemocráticos nesta quinta-feira. O deputado Pastor Daniel de Castro (PP) não poupou críticas ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e sinalizou descontentamento com a condução do Governo Federal perante os avisos emitidos anteriormente.
Em seu depoimento à CPI, Saulo Moura, ex-diretor da Abin, também foi alvo de questionamentos. O pastor Daniel destacou uma “postura leniente” do GSI, do Ministério da Justiça e do próprio Governo Federal frente aos avisos da Abin antes e no dia 01/08. Segundo o deputado, havia conhecimento sobre a magnitude das manifestações e uma inação para contê-las. Ele ainda questionou a tentativa de golpe de estado: “Se houve tentativa de golpe, o Governo Federal falhou. Se não houve, os detidos não podem ser acusados de tentativa violenta contra o estado democrático”, salientou.
Thiago Manzoni (PL) fornece, sublinhando que a responsabilidade das autoridades do governo atual quanto aos eventos do dia 8/1 não está sendo devidamente investigada pela CPI. Além disso, Manzoni ressaltou a necessidade de um depoimento do Ministro da Justiça, Flávio Dino, insinuando sua possível participação nos eventos. “Não podemos ignorar o papel de G.Dias e Dino”, declarou.
Por outro lado, Paula Belmonte (Cidadania) destacou mudanças recentes na Abin. Anteriormente ligado ao GSI, agora está sob a alçada da Casa Civil. “Por que essa mudança? A Abin está se transformando em um órgão político”, criticou.
No âmbito dos relatórios e possíveis indiciamentos, existe uma indicação de que o ex-ministro do GSI, general Gonçalves Dias, o G. Dias, possa ser indicado. Diante das divergências internacionais, parlamentares da direita e da esquerda estão elaborando relatórios alternativos para a CPI, caso o principal, de autoria do relator Hermeto (MDB), seja rejeitado.
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