Captação de rins,
córneas e fígado foi realizada com apoio da equipe da Central Estadual de
Transplantes e da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás
A equipe do HCN e da SES-GO captou
rins, córneas e fígado que irão beneficiar pessoas que aguardam na fila do
Sistema Nacional de Transplantes (SNT)
Referência no âmbito do Sistema Único
de Saúde (SUS) em captação de órgãos, o Hospital Estadual do Centro-Norte
Goiano (HCN) realizou no dia 21 de novembro, sua décima primeira captação para
doação. Todo o processo contou com o apoio da equipe de médicos e profissionais
da Central Estadual de Transplantes (CET), da Secretaria de Estado da Saúde de
Goiás (SES-GO) e com o suporte logístico do Corpo de Bombeiros e do Serviço
Aéreo do Governo (SAEG) para o transporte da equipe e dos órgãos que foram captados.
A unidade do governo de Goiás, gerida
pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimentos (IMED), tem desempenhado
um papel fundamental na promoção da doação de órgãos e no salvamento de vidas
por meio de transplantes.
Na ocasião, foram captados rins,
córneas e fígado que irão beneficiar pessoas que aguardam na fila do Sistema
Nacional de Transplantes (SNT).
O doador era um homem de 29 anos, que teve morte encefálica determinada por protocolos seguidos por lei.
A captação foi realizada no próprio hospital, que possui todo aparato
tecnológico para realizar esse tipo de coleta e faz parte da Central Estadual
de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos de Goiás (CNCDO-GO).
De acordo com João Batista da Cunha,
diretor assistencial do HCN, o tratamento humanizado é de extrema importância
no momento da doação de órgãos e tecidos. “O momento é muito delicado e, para
obtermos a autorização dos entes queridos, existe um serviço humanizado de
acolhimento. Por isso, é necessário trabalharmos, cada vez mais, na capacitação
dos nossos profissionais, para o melhor acolhimento das famílias doadoras”,
explica o diretor.
O HCN se tornou um grande aliado
dessa causa, instruindo e estimulando familiares e pacientes sobre a
importância de ser um doador. Apesar da difícil decisão e da dor da perda, as
famílias são abordadas e amparadas pela equipe multidisciplinar da comissão
responsável, composta por profissionais do serviço social, fisioterapeutas,
psicólogos, equipe médica e de enfermagem, entre outros departamentos
importantes para a efetivação da captação.
“O gesto de familiares de um mesmo doador pode beneficiar
várias pessoas e, todos os anos, milhares de vidas são salvas graças à doação
de órgãos. O transplante pode ser a única esperança de vida ou uma oportunidade
de recomeço para as pessoas que precisam da doação, por isso é importante
sempre falarmos sobre o tema e incentivarmos a doação”, ressalta a coordenadora
de enfermagem da UTI Adulto do HCN, Leide Vaniele Ribeiro Santos.
Doação de órgãos
No Brasil, mais de 65 mil pessoas
aguardam na lista de espera por órgãos, um dos maiores números dos últimos 25
anos. A posição da pessoa na fila depende de diversos fatores, tais como compatibilidade, idade, doenças
associadas e grau de urgência, conforme avaliação da equipe cirúrgica e sempre
com o conhecimento do receptor. Quem regula a fila é o Sistema Único de
Saúde (SUS) e os órgãos
doados vão para pacientes que aguardam na fila nacional única, controlada pelo
Sistema Nacional de Transplantes.
A doação de órgãos é um ato de amor
que possibilita salvar muitas pessoas. Para se tornar um doador em vida, a
pessoa deve ter mais de 21 anos e concordar com a doação, desde que não
comprometa sua própria saúde. A doação após morte encefálica só acontece com
autorização da família. Por isso é importante comunicar para as pessoas mais
próximas o desejo de se tornar um doador.
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