Em
todo ano passado, 106 pessoas foram presas em operações das forças policiais do
estado
Distribuidoras
de bebidas, fazendas, mercados, indústrias e até condomínios inteiros foram
flagrados com energia elétrica furtada em Goiás durante o ano de 2023. Em
fiscalizações realizadas pela Equatorial Goiás, quase 200 mil
estabelecimentos e imóveis foram inspecionados ao longo do ano passado e, em
35% dos casos, foi constatado furto de energia, ou seja, em 70 mil unidades
consumidoras. A distribuidora utiliza medições inteligentes que contribuem
para aumentar a assertividade das ações.
Mais
da metade das
regularizações feitas pela concessionária no ano passado
foram concentradas nos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia,
Anápolis, Águas Lindas, Valparaíso, Luziânia, Itumbiara e Rio Verde. O
volume de perdas não técnicas, que são causadas principalmente pelo furto de
energia, foi de 628 Giga watt-hora, quantidade suficiente para fornecer energia
para toda a cidade de Goiânia durante dois meses.
Conforme
previsto no artigo 155 do Código Penal Brasileiro, utilizar energia elétrica de
forma irregular é crime e, por isso, a concessionária notifica os casos às
autoridades policiais para que sejam feitas investigações e a responsabilização
dos envolvidos. No primeiro trimestre deste ano, foram realizadas 77
operações que resultaram na prisão de 38 pessoas, a maior parte em Goiânia e
Região Metropolitana. Em todo ano passado foram 106 prisões.
O
executivo de Segurança Empresarial da Equatorial Goiás, Johnathan de Jesus,
explica que os trabalhos policiais contam com a contribuição da
área de segurança empresarial da concessionária. “Fiscalizamos as denúncias e
reunimos as informações em uma central de inteligência da distribuidora para
entender como os crimes estão sendo praticados. Assim, buscamos formas de
evitar que essas ações tão prejudiciais continuem acontecendo”, destaca o
executivo.
A
distribuidora alerta que o cliente que paga regulamente a conta também sofre
com o impacto de ligações clandestinas. O furto prejudica a qualidade
do fornecimento de energia nas cidades. Toda a rede elétrica é construída
com base em um estudo técnico que analisa a carga suportada pelo sistema. Como
a ligação clandestina é feita à revelia da concessionária, essa demanda não é dimensionada
e, por isso, pode ocasionar uma sobrecarga, queima de equipamentos e
interrupções que afetam todos os clientes. Isso prejudica não apenas aqueles
que realizam tais ligações, mas também os consumidores regulares da companhia.
“Essa prática ilícita pode resultar em acidentes graves, especialmente quando
realizada por pessoas sem a devida capacitação e autorização para intervir na
rede elétrica”, afirma o gerente de serviços técnicos e comerciais da
Equatorial Goiás, Pabllo Barbosa.
A
distribuidora também realiza inspeções periódicas nos medidores de energia dos
clientes com o objetivo de assegurar a qualidade da medição. Em caso de
suspeita de falha ou alteração no medidor, o equipamento é retirado para
avaliação técnica em um laboratório especializado. Nesses casos, o cliente pode
acompanhar tanto a retirada do aparelho quanto sua análise laboratorial.
“É
importante destacar que, para além das implicações legais, o furto de energia
contribui para a elevação dos custos para todos os clientes. A Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel) reconhece, nas tarifas, uma parcela destinada a
cobrir as chamadas perdas comerciais, termo técnico que engloba furtos e
fraudes no contexto do setor elétrico. Dessa forma, a prática ilegal não apenas
afeta individualmente os envolvidos, mas impacta negativamente a comunidade
como um todo, refletindo no aumento do valor da conta de luz para todos. Essa
conscientização é crucial para desestimular a prática do furto de energia e
garantir a integridade do sistema elétrico, bem como a justa distribuição dos
custos entre os usuários”, destaca Pabllo.
Apoio
no combate
Os
clientes da Equatorial Goiás podem e devem ajudar a companhia no combate às
fraudes e furtos de energia por meio de denúncias na Central de Atendimento da
companhia – 0800 062 0196. Não é necessário se identificar.
As
ligações clandestinas de energia colocam a vida de pessoas e de animais em
risco. Além da possibilidade de provocar graves acidentes, a prática ilegal
configura crime previsto no artigo 155 do Código Penal Brasileiro, com pena de
até oito anos de reclusão. Apenas profissionais qualificados e
autorizados podem realizar qualquer intervenção na rede elétrica.
Sobre
a Equatorial Goiás
A
Equatorial Goiás é uma empresa que pertence à holding Equatorial Energia, 3º
maior grupo de distribuição de energia do País, com 7 concessionárias que
atendem cerca de 13 milhões de clientes. Somente em Goiás são cerca de 3,5
milhões de clientes, localizados em 237 municípios do Estado e abrangendo 98,7%
do território estadual, com cobertura de uma área de 336.871 km².
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