Por que criar sua holding rural em 2024 ou início de 2025?
A criação de uma holding rural em
2024 não é apenas uma decisão estratégica vantajosa, mas uma necessidade
urgente para os produtores rurais que desejam proteger seu patrimônio, garantir
a sucessão de sua atividade e reduzir os tributos. As mudanças legislativas
iminentes, especialmente com o Projeto de Lei nº 108/2024, podem impactar
diretamente a estrutura tributária, tornando a criação de uma holding uma das
medidas mais eficazes para garantir a segurança jurídica e financeira nos
próximos anos. Se você ainda não tomou essa decisão, o momento de agir é agora
– antes que as regras mudem de forma definitiva.
O Projeto de Lei nº 108/2024, que
está em processo de tramitação, propõe alterações significativas nas regras
tributárias aplicáveis às doações e heranças, o que
terá impacto direto sobre o Imposto sobre
Transmissão Causa Mortis e Doação
(ITCD). Hoje, muitos estados adotam uma alíquota de
ITCD que varia de 4% a 8%, mas com o avanço desse
projeto, há uma previsão de
aumento nas alíquotas de forma substancial. Em
alguns estados, como São Paulo, a alíquota do
ITCD pode chegar a até 16%, o que representa um aumento
específico no custo de transmissão de bens e patrimônios. Além disso, o projeto
visa restringir mecanismos de planejamento tributário amplamente utilizados,
como a redução de custos nas doações de bens, e limitar a flexibilidade fiscal
que muitos produtores têm utilizado para otimizar suas transferências
patrimoniais. Se aprovado, o projeto dificultará a adoção de estratégias
atuais, tornando os processos de doação de bens e sucessão familiares muito
mais onerosos. E, com a pressão de uma carga tributária mais alta, o futuro do
produtor rural e sua família poderá ser comprometido por uma sucessão
patrimonial menos eficiente e mais dispendiosa.
A criação de uma holding rural é
uma estratégia essencial para quem busca reduzir a carga tributária e garantir
a continuidade do negócio familiar. Essa estrutura jurídica oferece uma série de
desvantagens imediatas, especialmente no cenário atual de incertezas
tributárias. Uma holding facilita a divisão e a transmissão de bens, permitindo
que o patrimônio seja transferido de forma mais eficiente e com custos menos
tributários, o que é crucial diante das mudanças iminentes. Além disso, a
holding atua como uma proteção para o patrimônio da família contra riscos
financeiros, dívidas e eventuais incidentes. A criação dessa estrutura permite
o uso de estratégias fiscais que, até o momento, são permitidas pela
legislação, como a doação de cotas de empresas com valores reduzidos no cálculo
do ITCD.
Se os produtores rurais
aguardarem até a aprovação do Projeto de Lei nº 108/2024, estarão sujeitos a
custos adicionais significativos e a uma redução nas possibilidades de
planejamento tributário eficiente. O aumento do ITCD e as novas restrições
fiscais podem comprometer tanto a continuidade do negócio rural quanto a
sucessão familiar, tornando a criação da holding uma medida de proteção que não
pode mais ser adiada. A antecipação da criação dessa estrutura não só garante
uma tributação mais baixa, como também proporciona maior controle sobre o
futuro da empresa e da família.
A urgência é ainda mais evidente
quando se considera o impacto positivo que uma holding pode trazer para o
crescimento sustentável do negócio. Com uma estruturação adequada, a
profissionalização da gestão pode abrir portas para o acesso ao crédito rural
em condições mais detalhadas , além de proporcionar segurança jurídica para a
sucessão e minimizar a possibilidade de conflitos familiares . A holding rural
também permite que os sucessores assumam o controle do patrimônio de maneira
mais tranquila, com menos disputas e uma sucessão patrimonial bem planejada.
Portanto, se você é produtor
rural e ainda não tomou a decisão de criar a sua holding, a hora de agir é
agora. Ao adotar essa estratégia, você não apenas protege o patrimônio da
família, mas também garante a continuidade do negócio de forma estruturada,
eficiente e fiscalmente vantajosa. Consultar um especialista em planejamento
tributário e sucessório é fundamental para garantir que as medidas corretas
sejam tomadas, permitindo que seu legado familiar seja preservado e transmitido
com segurança e benefícios fiscais.
Uma janela de oportunidade para
aproveitar as regras atuais está se fechando rapidamente, e os produtores
rurais que adiando essa decisão podem se ver frente a um cenário fiscal mais
oneroso e com menos possibilidades de planejamento estratégico. Portanto, agir
rapidamente é a chave para garantir um futuro mais seguro e sustentável para
sua atividade rural e sua família.
Autor: Luciano Faria, é advogado
especialista em direito tributário aplicado ao agronegócio, sócio da banca João
Domingos Advogados
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